Aviador comprova existência de “rio voador” da Amazônia para o Sudeste. Desmatamento pode quebrar o ciclo das chuvas nas duas regiões
Um rio gigante, que muitas vezes chega a carregar mais água do que o rio São Francisco, faz um vôo periódico da Amazônia para a região Sudeste, com a ajuda da floresta. Essa é a principal descoberta da Expedição Rios Voadores, colocada em prática pelo aviador Gérard Moss, que desde 2003 cruza os céus do país coletando amostras de nuvens.
Nesta quarta (18/3) o aviador mostrou as evidências de que o fluxo de água equivale a grandes rios brasileiros. O fluxo de água começa quando ventos trazem vapor do oceano Atlântico sobre a região da cidade de Belém, no norte do Pará. Grande parte dessa água se transforma em chuva, que cai sobre a floresta e, com a ajuda da mata, evapora e se incorpora aos ventos novamente. As correntes de ar avançam Amazônia adentro e se dirigem para os Andes, mas como não conseguem atravessar a cordilheira, acabam descendo para o Sul e Sudeste brasileiros.
Dentro de todo esse ciclo, a participação da floresta é muito importante, pois as árvores conseguem devolver à atmosfera a chuva que cai sobre a Amazônia. “Uma única árvore consegue evapotranspirar cerca de 300 litros de água por dia”, explica Moss.
Leia o texto completo aqui.
Reportagem de Iberê Thenório
Fonte: Globo.com
19/03/2009
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