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Reportagem de Marcio Aith
para a Folha de S. Paulo
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Recomeça nos próximos dias, depois de 23 anos parada, a construção de Angra 3, a terceira usina do conturbado programa nuclear brasileiro. Situada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis, no Rio, a usina teve sua obra interrompida em 1986 por falta de recursos públicos, custo alto e dúvidas quanto à conveniência e riscos da matriz energética nuclear.
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A polêmica da vez está na forma de escolha das empresas que vão fazer as obras e fornecer equipamentos de instrumentação e controle -- dois dos itens mais caros. O governo optou por não fazer licitações, mas revalidar a concorrência ganha pela construtora Andrade Gutierrez em 1983, no governo Figueiredo.
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Essa licitação havia "adormecido", e a construtora recebeu durante décadas um pagamento mensal para preservar o canteiro de obras. Mesmo parada, Angra 3 custava cerca de US$ 20 milhões por ano ao país.
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No último ano, construtoras concorrentes, especialmente a Camargo Corrêa, agiram nos bastidores, em vão, para convencer o governo a rever sua decisão. Diretores da empresa disseram a pelo menos dois ministros que, desde a escolha da Andrade Gutierrez, em 1983, houve uma revolução tecnológica capaz de reduzir em até 40% o custo das obras civis nas usinas nucleares.
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