28/04/2009

O mundo segundo a Monsanto

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Entrevista com a pesquisadora Marie-Monique Robin
Por Darío Aranda e
Michelle Amaral da Silva
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Em entrevista ao jornal argentino Página 12, a escritora, jornalista e documentarista francesa Marie-Monique Robin apresenta seu novo livro, O mundo segundo a Monsanto, fruto de três anos de investigações sobre o poder de influência da multinacional Monsanto sobre governos e o projeto de controle total da produção de alimentos em nível global. Corrupção, produção de armas químicas e controle sobre o que você come são algumas das denúncias feitas pela francesa.

A entrevista pode ser lida no jornal Brasil de Fato
e na revista Essência Vital.
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ALGUNS TRECHOS:

“O texto de regulamentação que regula os transgênicos nos Estados Unidos foi publicado em 1992 pela FDA. A qual se supõe muito séria -- a menos eu pensava isso. Quando diziam que um produto havia sido aprovado pela FDA, eu imaginava que era seguro. Agora sei que não é assim. No regulamento, o texto foi redigido por Michael Taylor, advogado da Monsanto que ingressou na FDA para fazer esse texto e logo depois foi vice-presidente da multinacional.”
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“A Monsanto é uma empresa deliqüente. E digo porque há provas concretas disso. Foi muitas vezes condenada por suas atividades industriais.”

“Cada vez que cientistas independentes tratam de fazer seu trabalho a fundo com os transgênicos, sofrem pressões ou perdem seus trabalhos. Isso também acontece em órgãos dos Estados Unidos como a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos) ou EPA (Agência de Proteção Ambiental).”

“A Monsanto fabricou o agente laranja, PCB e glifosato. E tem condenações por publicidade enganosa. Por que tem tão boa reputação? Por falta de trabalho sério dos jornalistas e a cumplicidade dos políticos. Em todo o mundo é assim.”

“A meta da Monsanto é controlar a cadeia alimentar. Os transgênicos são um meio para essa meta. E as patentes uma forma de consegui-lo. (...) Isto não tem nada a ver com a idéia de alimentar o mundo, como foi publicado. A única finalidade é aumentar os lucros das grandes corporações.”
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