07/04/2009

Concurso suspeito no MPDFT


O Conselho Superior do MPDFT anulou a primeira fase do concurso para promotor de Justiça adjunto. O problema é que o primeiro colocado na prova objetiva, João Pavanelli Neto, era até a semana passada o principal assessor da procuradora Arinda Fernandes, era uma das oito integrantes da banca examinadora (quatro titulares e quatro suplentes), com a responsabilidade de elaborar a prova de direito penal, fazer a correção e analisar recursos administrativos que porventura fossem protocolados pelos candidatos. João Pavanelli Neto acertou todos os 18 itens da prova de direito penal.

O Conselho Superior avaliou que os princípios constitucionais da moralidade e da impessoalidade foram feridos. “Não ficou comprovada nenhuma fraude. Mas acreditamos que a procuradora estaria impedida de participar da banca e decidimos aplicar uma outra prova”, explicou o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra. “O assessor estava em posição de desigualdade em relação aos demais candidatos”, analisou.Com salário inicial de R$ 19,5 mil que pode chegar a R$ 24,5 mil, o cargo de promotor de Justiça é um dos mais disputados na carreira jurídica. Bandarra explicou que todos os inscritos poderão refazer a prova da primeira etapa.

Reportagem de Ana Maria Campos
para o Correio Braziliense

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